segunda-feira, 21 de junho de 2010

Melhor é ser criança!

Estudar? Trabalhar? Não! A época era de brincar, pular, cantar. Responsabilidade? Apenas a de guardar os brinquedos após usá-los. No entanto, havia uma hora do dia que era o terror, pânico total: A tão temida- por quase todas as crianças- hora do banho. Quando ouvia essa palavra um arrepio sentia e uma voz sussurrava: Fingi que está dormindo! Quando essa idéia falhava, o segundo plano entrava em ação: Fingir tomar banho! Ah, esse era infalível.
O tempo passa... horas lentas, horas rápidas, relativizam momentos e o substituem por um tempo implacável. Nasce o primeiro pêlo no sovaco, uma azeitoninha em cada seio e logo te amarram um sutiã. "Está virando uma mocinha!" Para mim era uma sensação maravilhosa. Sentia-me mais do que nunca e aquelas brincadeiras e brinquedos já não me atraiam mais.
A partir disso, começa a fase da puberdade, a fase mais complicada. Descobertas, medos, buscas, época em que a personalidade começa a se definir. Inicia-se o período de responsabilidades, dos amores, das procuras incessantes do “eu”; fase do “ninguém me entende”, “ninguém me ama”, “ninguém me quer”. Hormônios, cravos, espinhas, TPM: Que fase! O primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira desilusão. E quando se pensa que o pior já passou, te mandam escolher uma profissão. O vestibular te tira o sono e te estressa. São muitas mudanças, transições e escolhas.
Começa a faculdade, a dúvida se escolheu a profissão certa. Inicia-se também o período de procura por emprego e independência finaceira. Contas começam a chegar, e pouco dinheiro se tem para pagar. Ó céus, quanta responsabilidade! Vida de adulto não é fácil, né? Ai, que saudades da minha infância!
O tempo vai passando e só quando estamos "burros velhos" percebemos como era bom ser criança.
Opa! Pera aí! A gente precisa mesmo crescer e envelhecer, é a lei da vida. Mas quem disse que a gente precisa abandonar antigas sensações e deixar de ser criança?

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